sábado, 3 de abril de 2010

Cinemática: Conceitos e Definições (parte 1)

Cinemática – é a parte da mecânica que estuda os movimentos sem se preocupar com suas causas.

Ponto Material

Ponto material é todo corpo cujas dimensões não interferem no estudo de um determinado fenômeno.

Exemplo:

Consideramos um navio fazendo uma viajem do Rio de Janeiro até a Itália. Como as dimensões do navio (comprimento, largura e altura) são muito pequenas comparadas com a distância do Rio de Janeiro até a Itália, nesse movimento ele pode ter suas dimensões desprezadas. Nesse caso dizemos que o navio é um ponto material ou uma partícula.
Observamos que o ponto material tem massa; o que é desprezível é o seu tamanho comparado a dimensões bem maiores.

Corpo Extenso

Corpo extenso é todo corpo cujas dimensões interferem no estudo de determinado fenômeno.

Exemplo:

Suponhamos, agora, o mesmo navio entrando num porto.
Nesse caso, suas dimensões não podem ser desprezadas, quando comparadas com a largura e o comprimento do porto; então o navio é denominado um corpo extenso.

Repouso, movimento e referencial

Consideramos uma pessoa “A” dentro de um carro que anda para esquerda, e outra pessoa “B”, em pé, no acostamento. Tomando a pessoa “B” como referência, verificamos que a posição de “A” varia com o tempo. Nesse caso, dizemos que “A” está em movimento em relação à “B”.
Supondo, agora, que “B” esteja junto com “A” dentro do carro, e tomando novamente “B” como referência, verificamos que a posição de “A” não varia com o tempo. Nesse caso, dizemos que “A” está em repouso em relação à “B”.
O corpo “B”, que tomamos como referência nos dois exemplos, é denominado referencial. O referencial é indispensável para determinar a posição de um objeto e também necessário para verificar se um objeto se movimenta ou está em repouso.
Os conceitos de repouso e movimento são relativos, isto é, dependem do referencial adotado.

Trajetória

Chamamos de trajetória a linha determinada pelas diversas posições que um corpo ocupa no decorrer do tempo, em relação a um dado referencial.
A marca que uma bicicleta deixa na areia representa a sua trajetória. A trajetória depende do referencial adotado.

Exemplo:

Suponha um avião voando com velocidade constante. Se num certo instante ele abandonar uma caixa, ela cairá segundo uma trajetória vertical em relação às pessoas do avião. Porém, para um observador parado no solo, vendo de lado o avião, a trajetória da caixa será parabólica.

De acordo a trajetória, os movimentos recebem os seguintes nomes:

Movimento Retilíneo - A trajetória é uma reta;

Movimento Curvilíneo – A trajetória é uma curva

Localização de um corpo

Na trajetória escolhemos arbitrariamente um ponto “O” (marco zero), ao qual chamamos origem das posições, e orientamos a trajetória.
Para determinar a posição de um móvel sobre a trajetória, precisamos conhecer sua distância em relação ao marco zero.
A medida algébrica do arco de trajetória que vai do marco zero à posição do móvel é a posição escalar ou espaço.
Essas medidas algébricas indicam as posições dos corpos, mas não fornecem o sentido do movimento nem à distância percorrida pelos corpos.

Função horária das posições

Em muitos movimentos podemos determinar a posição do móvel sobre a trajetória em qualquer instante.
A função que relaciona a posição s com os correspondentes instantes t é denominada função horária das posições.
A função horária descreve o movimento indicando matematicamente como a posição varia com o tempo.

Exemplo:

S= 8+3t (t em segundos e s em metros)

Atribuindo valores a t, obtemos os correspondentes valores de s:

t (s) s (m)
0 8
1 11
2 14
3 17
4 20

O instante t=0, chamado origem dos tempos, corresponde ao instante em que o cronômetro é acionado, e a posição do móvel nesse instante é chamada posição inicial ou espaço inicial, sendo indicado por s^0. Nesse caso, s^0 = 8m. Note que as posições aumentam no decorrer do tempo.

Deslocamento escalar e distância percorrida

Considere um móvel em movimento sobre uma trajetória. Num certo intervalo de tempo (Δt) o móvel vai da posição inicial s^0 = 5m até a posição final s = 20m.
Chamamos de deslocamento escalar ou Δs a diferença entre a posição final (s) e a posição inicial (s^0).
Não devemos confundir o deslocamento escalar (Δs) com a distância percorrida (d). Apenas em movimentos em que não ocorre inversão de sentido, o deslocamento escalar e a distância percorrida têm valores numéricos iguais.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Heterogêneo e Homogêneo

Homogêneo – Material ou sistema que possui uma única fase, ou seja, é monofásico.

Exemplo:

-Qualquer substância em uma única fase de agregação, como: água líquida, ferro sólido e amônia gasosa.

-Qualquer mistura na qual as substâncias estejam totalmente dissolvidas umas nas outras (uniformemente distribuidas e espalhadas), como: álcool hidratado (água e alcool etílico) e ouro 18 quilates (75% de ouro, 12,5% de prata e 12,5% de cobre).

Heterogêneo – Material ou sistema que possui duas fase. Uma mistura heterogênea pode ser classificada de varias formas:

Duas fases – Bifásico
Três fases – Trifásico
Quatro fases – Tetrafásico
Inumeras fases – Polifásico

Exemplo:

-Qualquer substância mudando de fase de agragação, como água líquida e água sólida.

-Qualquer mistura na qual as substâncias não estejam dissolvidas umas nas outras, como sangue, leite, água e óleo ou água e areia.

Soluções: misturas homogêneas

As misturas homogênia são denominadas soluções. Em geral, as soluções são formadas por um soluto e um solvente.

Observações:

-Não podem ser observadas nem com a ajuda de um ultramicroscópio.

-Não podem se separadas do solvente por nenhum processo mecânico, como a ultracentrifugação ou a ultrafiltração.

-Podem ser encontradas em qualquer fase de agregação.

Dispersões: heterogêneas

Os materias ou sistemas heterogêneos são divididos em: dispersões grosseiras e coloidais. Os componentes de uma mistura heterogênea, do ponto de bista prático, são divididos em dispergente (o componente em maior quantidade) e um ou mais dispersos (componentes em menor quantidade).
Dispersões grosseiras

Nesse caso, o material que constitui o disperso pode ser dividido em particulas com um diâmetro médio igual ou superior a 100 nanometros e com as seguintes características:

- São observadas a olho nu ou com a ajuda de um microscópio comum.

- São facilmente separadas do dispergente por um filtro comum.

-Sofrem sedimentação espontânea no caso de terem densidade maior que a do dispergente (o que pode ser acelerado por uma centrífuga comum).

Como exemplos de dispersões grosseiras, temos:

-Qualquer substância que se apresenta em duas ou mais fases de agregação, como um sistema com água sólida + água líquida + vapor de água, ou ferro sólido + ferro líquido, ou dióxido de carbono sólido (gelo-seco) + dióxido de carbono gasoso.

-Qualquer mistura na qual as substâncias não estejam totalmente dissolvidas umas nas outras, como um sistema com água + óleo, ou então água + pedras de granito (mica, quartzo e feldspato), ou madeira (celulose + lignina + álcool pirolenhoso + água + ácido acético+etc.).

Dispersões coloidais

Em uma dispersão coloidal, o material que constitui o disperso pode ser dividido em partículas que apresentam diâmetro médio variando entre 1 e 100 nanometros e com as seguintes características:

-Só podem ser observadas em um ultramicroscópio.

-Só são separadas do dispergente por um ultrafiltro.

-Só sedimentam pela ação de uma ultracentrífuga

Como exemplos de dispersões coloidais, temos:

-Sangue (plasma ou parte líquida + glóbulos vermelhos + glóbulos brancos);

-Leite (gordura e proteína em água);

- Cosméticos em geral, como os cremes e as loções de beleza, que possuem uma fase aquosa e uma fase oleosa ambas perfeitamente misturadas devido à ação de um agente emulsionante.

Fases e componentes

É importante observar que as fases de um material heterogêneo podem ou não ser contínuas.

Exemplos:

-Matéria heterogêneo com três fases contínuas distintas: óleo (d = 0,8 g/cm³), água (d = 1,0 g/cm³) e tetracloreto de carbono (d = 1,8 g/cm³).
-Matérial heterogênio com três fases, sendo duas descontínuas: água líquida+ cubos de gelo (água sólida) + areia em grãos (dióxido de silício).

O número de componentes de um material ou sistema heterogênio é igual ao número de substâncias de que ele é formado e não é necessariamente igual ao seu número de fases.

Exemplos:

-Óleo + água + tetracloreto de carbono: três fase e três componentes

-água (nas fases sólida e líquida) e dioxido de silício: três fases e dois componentes.

(Biologia e Química)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Matéria, elementos químicos e átomos

Tudo o que ocupa um lugar no e espaço e tem massa denomina-se matéria.
Toda matéria que forma os seres vivos e os seres não vivos é composta de elementos químicos.
Os elementos químicos que ocorrem na natureza são 93. Os demais são produzidos artificialmente. Na tabela periódica são encontrados os 93 elementos químicos da natureza, Cada um com seu número, símbolo e massa atômica.
Cerca de 98% do corpo dos seres vivos é composto de apenas seis elementos químicos que formam a sigla CHONPS: Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Enxofre (S).
Um elemento químico é um conjunto de átomos com o mesmo número de prótons. O átomo pode ser considerado a menor partícula da matéria capaz de participar de uma reação química. Todo átomo é composto de partículas menores chamadas partículas subatômicas. As principais são Elétrons, os prótons e os nêutrons.
Os elétrons possuem carga negativa (-) e os prótons cargas positivas (+). Um átomo é eletricamente neutro quando possui o mesmo número de elétrons e prótons.
Os prótons e nêutrons formam o núcleo do átomo e os elétrons orbitam esse núcleo. A orbita mais próxima do núcleo possui um máximo de 2 elétrons, a mais distante pode ter até 8 elétrons.
O número atômico de um átomo é o numero de seus prótons, o carbono por exemplos possui 6 prótons, portanto, seu numero atômico é 6. Em seu estado fundamental, é eletricamente neutro, isso significa que o átomo também possuirá 6 elétrons.
A massa atômica de um átomo corresponde praticamente á massa de seus prótons e nêutrons. O elétron é considerado uma partícula subatômica de massa desprezível. Prótons e neutros possuem massas muito próximas e pode-se considerar que ambas as partículas apresentam massa relativa igual a 1.

Isótopos, Isóbaros e Isótonos.

Isótopos – É o fenômeno onde diferentes números de massa constituem o mesmo elemento químico, ou seja, prótons iguais.

Isóbaros – É o fenômeno onde átomos diferentes, apresentam o mesmo número de massa.

Isotonos – É o fenômeno onde átomos diferentes possuem o mesmo número de nêutrons.

Íons

Os íons são átomos ou grupos de átomos com carga elétrica.

Cátion – São Íons de cargas positivas. Quando um átomo cede um elétron, no balanço entre prótons e elétrons, fica com um próton a mais. Nesse caso, sua carga fica positiva (+).

Ânion – São Íons de cargas negativas. Quando um átomo ganha um elétron, no balanço entre prótons e elétrons, fica com um elétron a mais. Nesse caso sua carga fica negativa (-).

Formas de ligações

São três as formas que os átomos podem ligar-se entre si: por ligação iônica, covalente ou metálica.

Ligação Iônica – É quando um átomo cede elétrons definitivamente para outro átomo ou toma elétrons definitivamente de outro átomo.

Ligação Covalente - É quando os átomos compartilham elétrons, formando novas moléculas.

Ligação Metálica – Ocorre entre os elétrons e os núcleos dos átomos dos metais, porque os elementos metálicos têm a tendência de perder facilmente os elétrons de suas camadas mais externas.

(Biologia, química e física)

Substância e Mistura

Existem materiais que variam suas propriedades químicas e físicas para cada amostra, mesmo que as condições de pressão e temperatura se mantenham constantes.

Exemplo: álcool hidratado, gasolina, madeira e mármore.

Outros materiais, porém, apresentam propriedades químicas e físicas constantes, desde que medidas nas mesmas condições de temperatura e pressão.

Exemplo: iodo, ouro purificado, oxigênio e silício.

Variando as condições de pressão e temperatura, variam as propriedades físicas e químicas desses materiais. Através destes dados é possível definir se um material é uma substância ou uma mistura.

Substância – é quando o material possui as propriedades determinadas, definidas e invariáveis nas mesmas condições de pressão e temperatura.

Exemplo – água e amônia

Mistura – é quando o material não possui suas propriedades definidas e bem determinadas ou quando suas propriedades variam, mesmo que esteja nas mesmas condições de temperaturas

(Química)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Cartografia, surgimento e importância

A cartografia (técnica de construção de mapas) teve grande importância para a Geografia.
Para os gregos, o sul possuía um calor insuportável e era inóspito para a vida humana. Muitos estudiosos do período acreditavam que preocupar-se com a vida nessa região era uma “especulação inútil”.
É interessante observar que desde os tempos antigos ressaltava-se o valor do norte em detrimento do sul. Podemos afirmar com certeza que um dos ingredientes do eurocentrismo (concepção cartográfica que colocava a Europa no centro do mundo) foi herdado da Grécia antiga e sua visão de mundo.
A cartografia motivou importantes estudos. Por exemplo, um sistema primitivo de coordenadas geográficas, a posição dos oceanos, mesmo incorreta, a construção dos primeiros mapas-múndi, entre tantas outras contribuições.
Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental, o mais antigo foi encontrado na Suméria em uma pequena tábua de argila, representando um estado.
Na pré-história a cartografia era usada para delimitar territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas no século III a.C, um dos primeiros sábios gregos contribuiu com a geografia utilizando um sistema de longitudes e latitudes, seu nome era Erastóstenes. Por meio de uma contínua observação do movimento do sol ele pôde deduzir que a Terra era esférica, fato impressionante para a época, constatar a existência do zênite do sol (ponto mais elevado do firmamento, que vemos ao olhar diretamente para cima) em um determinado momento do ano e calcular a dimensão exata da circunferência da Terra, a partir de experiência com as sombras projetadas pela luz solar. Faltavam os Gregos, porém, a noção de escala, bem como abandonar a idéia de que as terras emersas estavam todas no centro e eram cercadas pelos oceanos.
Com o aperfeiçoamento das noções de localização a Geografia grega também pôde descrever outros fenômenos, dentre os quais se destacam:

As distâncias entre a Terra, Lua e o Sol, obtidas por meio da observação dos eclipses a periodicidade das cheias do Nilo e a identificação aproximada de seu curso e um sistema cronológico para iniciar estudos de arqueologia.

(Geografia e Historia)

terça-feira, 16 de março de 2010

Verb to be conjugation

To be – ser/estar
Am/are/is

(Full form/complete form)

I - am
You - are
He - is
She - is
It - is
We - are
You - are
They - are

Essa é a forma completa de se escrever o verb to be.

(Contracted Form)

I’m
You’re
He’s
She’s
It’s
We’re
You’re
They’re

Essa é a forma abreviada de se escrever o verb to be.

(Affirmative Form)

I am/I’m happy
I am a teacher
It is a happy dog

Em determinadas frases o termo utilizado para definir (um, uma, uns, umas.) poderá variar entre “a” utilizado antes de palavras que começam com consoantes e “an” utilizado antes de palavras que começam com vogais.

Exemplos

I am a student – O “a” vem antes de uma palavra que começa com consoante, student.

She is an intelligent girl – O “an” é enunciado antes de uma palavra que começa com ma vogal, intelligent.

(Negative Form)

I am not a student
She is not an intelligent girl
I am not an intelligent
He isn’t a smart girl

Nas frases negativas acrescentamos a palavra “not”.

(Interrogative Form)

Am I a student?
Is she an intelligent girl?
Am I an intelligent boy?
Is he a smart girl?

Nas frases interrogativas trocamos as posições dos verbos com os pronomes e acrescentamos a interrogação no final das frases.

(Inglês)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sílabas e encontros vocálicos

Encontros vocálicos

Dependendo de como os fonemas vocálicos se combinam, eles formam diferente encontros vocálicos.

Ditongo – Dois sons vocálicos pronunciados na mesma sílaba.

A-guar-dar – “u” semivogal, “a” vogal.

Tritongo – Três sons vocálicos pronunciados na mesma sílaba.

I-guais – “u” e “i” semivogais “a” vogal.

Hiato – Dois sons vocálicos pronunciados em sílabas diferentes.

Cons-tru-ir – “u” e “i” são vogais.

A palavra e suas sílabas

De acordo com a quantidade de sílabas que formam uma palavra, ela tem uma classificação

Monossílaba – 1 sílaba.

Mãe, lá, Sol, céu, fã.

Dissílaba – 2 sílabas.

Tem-po, noi-te.

Trissílaba – 3 ou mais sílabas.

Lin-gua-gem, a-rei-as.

Polissílaba – 4 ou mais sílabas.

A-li-an-ça, do-cu-men-ta-ção.

Sílaba tônica

Sílaba tônica é a sílaba que, em uma palavra, é pronunciada com mais intensidade, com mais “força” que as demais.

Informática – “má” sílaba tônica.
Velocidade – “da” sílaba tônica.
Invasão – “são” sílaba tônica.

A posição da sílaba tônica resulta também na classificação das palavras.
Oxítona – é quando a ultima sílaba da palavra é tônica.

Belém, Pacaembu, anzol.

Paroxítona – é quando a penúltima sílaba da palavra é tônica.

Mania, repórter, indigno.

Proparoxítona – é quando a antepenúltima sílaba da palavra é tônica.

Simpático, lâmina, ótimo.

(Português)